A
beata Ana Catalina Emmerick, na obra Visões e Revelações Completas, fala algo
sobre esse anjo:
“Eu
vi um anjo descer até Jesus; era maior, muito mais parecido com um homem do que
os que havia visto antes. Estava vestido como um sacerdote, e trazia em
suas mãos um pequeno cálice semelhante ao da Ceia; na borda deste cálice,
se via uma coisa oval do tamanho de um feijão, que irradiava uma luz
avermelhada. O anjo, sem descer ao solo, estendeu a mão direita até Jesus, que
também estendeu a sua; colocou na boca um alimento misterioso e lhe deu de
beber no pequeno cálice luminoso. Depois desapareceu”. (pág. 56).
Outra
mística, a Venerável Maria de Jesus de Ágreda, em sua conhecida obra Mística da
Cidade de Deus conta sua visão da agonia do Horto:
“Estando
sua Majestade na agonia da sua oração, pela terceira vez, o Eterno Pai
enviou o Santo Arcanjo Miguel, para que lhe respondesse e confortasse por meio
dos sentidos corporais, declarando-lhe o mesmo que o Senhor sabia pela
ciência de Sua Santíssima alma, porque o Anjo não poderia dizer o que o Senhor
não soubesse, nem tampouco podia trabalhar em Seu interior outro efeito para
este fim.
Mas
(…) Cristo tinha em conta nosso bem, teve o alívio de que Sua
ciência e Seu amor poderiam comprazer em Sua Santíssima humanidade, deixando-a,
como é passível, de sofrer ao extremo, como mais tarde disse na cruz.
E
o que São Miguel lhe disse da parte do Pai Eterno foi representar-lhe e
intimar-lhe no sentido que era possível, como Sua Majestade sabia, salvar os
que não queriam ser salvos”. (Inciso 1216)
E
o anjo logo lhe lembrou muitos santos que “em seu amor, fariam coisas
admiráveis para exaltar o santo nome do Altíssimo”.
O
único que podemos afirmar com certeza é que o Pai enviou um anjo para consolar
Cristo, mas a sua identidade é desconhecida.
Ainda
que estas visões místicas tentem esclarecer um pouco este mistério, como
toda revelação privada, nenhum católico tem a obrigação de acreditar, e é
necessário ter toda prudência. Sempre o critério para aceitar tais revelações é
que jamais contradigam os Santos Evangelhos, a Tradição e o Magistério da
Igreja.

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