Na
Capital de São Paulo, no Bairro da Mooca, havia um Padre muito especial; muito
querido por todos e famoso pelos exorcismos que fazia.
Após a santa missa, haviam grandes filas para ajoelhar no murinho que separava o altar, e o Padre Miguel pacientemente abençoava um por um. Depois acabou ficando doente, se mudou para a cidade de Cotia, e ainda lá contribuiu para a formação de um Carmelo naquela cidade. Magnifico Carmelo que conheci de perto.
Em Cotia, tratava-se de um sítio com terra, mas calçado em algumas partes, e no meio uma capela onde o Padre Miguel rezava a missa e atendia. Foi nessa região que encontrei, caminhando pela estrada e carregando uma cruz de madeira muito grande (do tamanho de uma pessoa), as irmãs de Jesus Crucificado: jovens freiras que viviam a fé com muita alegria. Realmente aquele lugar era muito abençoado.
Era fácil de saber que o Padre Miguel estava por lá, pois o local ficava repleto de pessoas em busca de bençãos e exorcismos. Eu e minha família íamos lá muitas vezes.
Chegando lá assistimos a missa e, como de costume, as filas se formavam para receber a benção individual do Padre Miguel. Dessa vez a fila dava voltas na casa. Estávamos na fila aguardando nossa vez e logo atras de nós havia uma mulher segurando um menino pelo braço e este se mostrava totalmente irrequieto. Todos estavam reparando na atitude da criança. Alguma coisa estava acontecendo ali. O menino se portava de forma estranha, meio alheio ao que estava acontecendo a sua volta, irritado, chorando e as vezes gritando, com os olhos fixos num “nada” parecendo estar longe dali.
De repente nos veio a notícia:
“O padre Miguel não atenderá mais ninguém porque já estava muito cansado.”
Essa notícia causou muito desconforto nas pessoas que estavam aguardando ser atendidas. A mãe que estava com a criança logo atras de nós começou a chorar e ficar preocupada, pois seu filho realmente estava com problemas. Compadecido da situação, meu pai foi até a porta e bateu com a mão. Um homem abriu a porta e meu pai perguntou se o Padre Miguel não poderia atender ao menos aquela mãe em desespero. Porém o homem de modo frio e ríspido respondeu que o Padre Miguel não ia atender porque estava ocupado, fechando a porta em seguida.
O modo como o homem respondeu foi muito ruim, e isso revoltou muita gente que estava fora aguardando. Com o choro da mãe, as pessoas começaram a reclamar e meu pai, vendo toda essa situação aflitiva quis ajudar e batendo na porta novamente, foi atendido pelo mesmo homem ríspido, que abriu a porta só um pouquinho. Meu pai implorou para que o Padre Miguel atendesse aquele menino. O homem disse que o Padre Miguel não iria atender e fechou a porta, sem consultar o Padre Miguel sobre esse caso urgente.
Então meu pai novamente bateu na porta, e ao abrir parcialmente, empurrou a porta com força e o homem do outro lado acabou caindo no chão muito assustado. Adentrando na casa e trazendo a mulher junto, meu pai disse muito sério: Chame o Padre Miguel...
Mas nem precisou, pois por causa do barulho o Padre Miguel foi verificar o que estava acontecendo, e vendo a situação disse: “Venha até mim a criança”.
Assim se fez. O menino ao ser levado para dentro da casa paroquial, se agitou ainda mais e se contorcia de fazer espantar qualquer um. O Padre Miguel colocou a sua mão sobre a cabeça do menino e disse: “Saia espirito imundo, deixe essa criança em paz.”
Imediatamente a criança se acalmou e voltou ao normal – estava curada.
Não é preciso dizer que todos que estavam vendo isso ficaram muito comovidos com a alegria do menino e com as lágrimas da mãe que agradeceu muito ao meu pai, por ter feito o menino entrar.
Ouçam essa outra narrativa maravilhosa do Padre Miguel:
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