Estamos inseridos numa guerra que não fomos nós quem começamos

 Dois amores deram origem a duas cidades: o amor a si mesmo até o desprezo de Deus, gera a cidade terrena; e o amor de Deus até o menosprezo de si, gera a cidade celestial. (A Cidade de Deus – Santo Agostinho – livro XIV, capitulo 28).

Na primeira cidade o homem busca a ambição terrena e a glorificação de si mesmo; na segunda cidade o homem busca a glorificação de Deus e a pratica das virtudes.

Eis as duas cidades que surgiram da posteridade da Virgem e a posteridade da serpente, que guerreiam desde o início do mundo por decreto Divino: Uma querendo o Reino de Deus, outra querendo o reino de satanás. (Inimicitias ponam inter te et mulierem, et sêmen tuum et sêmen illus; Ipsa conteret caput tuum – “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Ela te esmagará a cabeça” (Gênesis 3, 15)

Ante a moleza e indiferença do mundo moderno, há uma verdadeira apostasia. Enquanto o mal avança, muitos dormem. Cabe lembrar a pregação da 3ª Cruzada:

“Por que os inimigos de Deus não são mais os inimigos dos cristãos?” (Guilherme de Tiro pregando a 3ª cruzada – apud Joseph François Michaud, História das Cruzadas, Ed. das Américas, São Paulo, Vol. III, pg.12).

Devemos bradar com todas as forças:

"Eu ardo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos. Até quando, Senhor, o inimigo do Vosso nome Vos afrontará? Desembainhai a espada, Deus forte, tomai armas e escudo, levantai-Vos e julgai.

Anjos, Arcanjos, Tronos e Dominações, Principados, Potestades, Virtudes, Querubins e Serafins, Patriarcas, Profetas, Mártires de Cristo, intercedei por nós e defendei--nos no combate."